quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Astrologia - 4) Comportamentos e temperamentos

Por Antonio Carlos Jorge

Como vimos na matéria da edição anterior, os signos se manifestam quanto ao seu comportamento como cardinal, fixo e mutável e quanto ao temperamento em fogo, terra, ar e água. Assim teremos um mesmo elemento manifestando o seu comportamento de três formas distintas, como podemos ver na figura.
Os signos cardinais, independente do seu elemento, estão ligados à Alma e iniciam a ação, sendo automotivados, ativos e concentrados no momento presente. Geralmente são ambiciosos, independentes, dotados de mente ágil. Se usados negativamente, podem ser apressados, egocêntricos, obstinados, imprudentes e dominadores, além de poderem abandonar aquilo que começaram.

Já os signos fixos são associados ao corpo, buscando estabilizar o que foi iniciado, sendo estáveis, persistentes, pacientes, econômicos, com comportamento sólido e seguro, com capacidade de concentração, mente penetrante, determinados, com boa memória. A manifestação negativa, pode resultar em teimosia, egoísmo, pré-conceitos em relação às idéias, assim como levar à intolerância, à inércia, ao orgulho, ao rancor, à rigidez.

Os signos mutáveis estão associados ao espírito e alteram o que foi estabilizado, tendendo à versatilidade. São simpáticos e intuitivos, com mente engenhosa e flexível. Negativamente, podem ser superficiais, indecisos, inconstantes, nervosos e inquietos, irritados, críticos, utópicos, de comportamento indiscreto, com dificuldade de se estruturarem.

Quanto ao temperamento os signos de fogo se associam à vontade e à intuição, assim como à Motivação, sendo que os mesmos possuem uma capacidade de captar as coisas de forma inconsciente. Tendem a ser ardentes, espontâneos, autosuficientes e românticos, sendo que o importante é SER, sendo sempre necessário estarem automotivados. Esta energia, se mal empregada ou empregada de forma excessiva, leva a inquietação, impulsividade, irritabilidade e egocentrismo.

O temperamento ditado pela terra corresponde à percepção, sendo atribuída a esses signos a capacidade de captar as coisas de forma sensorial. Tendem a serem práticos, realistas, prudentes, conservadores e sensuais, gostando do conforto material, sendo o que importa é o REALIZAR Esta energia se mal empregada ou empregada de forma excessiva, pode levar à insensibilidade, ao apego material e à avareza, ao utilitarismo, à obsessão, à teimosia, à crítica.

Os signos de elemento ar estão associados ao pensamento. Isso os capacita em dar sentido a todas as coisas dentro de uma estrutura lógica. Tendem a ser comunicativos, capazes de lidar com o raciocínio lógico e abstrato, dentro de um ambiente sem preconceitos, com objetividade, sendo importante o PENSAR. Se esta energia for mal direcionada ou exercida em excesso, pode levar ao autoritarismo, superficialidade, exaustão física, subjetividade e abstracionismo.

Finalmente, o elemento água está associado à emoção. Isso atribui a esses signos muita sensibilidade e intuição. No entanto podem apresentar variações de humor e serem influenciados pelo ambiente, assim como de serem ambíguos, irracionais. Apesar disso são mágicos, pois o importante, neste caso, é o SENTIR. A energia da emoção empregada de maneira errônea pode levar à auto-indulgência, autopiedade, indecisão, ao sensacionalismo, à sensibilidade extremada e descontrolada, à carência, ao escapismo.

Naturalmente a nossa constituição não está circunscrita a simples associações entre modos e temperamentos, sendo na realidade resultante da soma de outros fatores (ascendente, meio do céu, posição dos planetas e seus aspectos angulares, entre outros), que tecem a nossa personalidade como seres únicos.

Esta simples visão, ainda que geral, nos revela como somos e servem para nos estimular no aprofundamento do conhecimento da astrologia, que é muito importante a todo estudante de teosofia, pois isso permite a compreender o nosso verdadeiro papel a ser assumido, a mostrar as nossas habilidades naturais e as prováveis dificuldades que encontraremos em nossa existência, norteando-nos construtivamente diante da jornada rumo à plenitude da vida e auxiliando para que tornemos artífices de nossos próprios destinos.

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